Era boi, era boi, era boi
Marcha boi, marcha boi, marcha boi
Volta boi, volta boi, volta boi, volta
Nesta constância constante da vida tropeira
Tropa estendida na várzea pastando ao luar
Faz me lembrar de uma feita num quarto de ronda
Quando eu cantava em silêncio pra o gado escutar
Nessa cadência sofrida o taura genuíno
Segue num tranco arrastado pelo corredor
O gado parece que sente na voz do tropeiro
Um outro mugido de penas fazendo fiador
Quantos invejam a vida do homem de campo
Quantos recordam tropeadas sem nunca tropear
Esse atavismo dormido na alma da gente
Precisa sentir uma ronda pra se libertar